NAFTA TRASH... DR ESTRANHO


Pois é… parece até mentira, mas muito antes de vermos o Mago Supremo ganhar vida com todo o charme britânico e os efeitos visuais de ponta da Marvel Studios, já havia uma tentativa de trazer Stephen Strange para o mundo live action.

Lá pelos anos 70, quando a ideia de adaptar quadrinhos para a TV passava quase sempre por produções de baixo orçamento e efeitos “questionáveis”, surgiu um telefilme do Doutor Estranho. Hoje, olhando para trás, ele soa como uma verdadeira relíquia cult, daquelas que a gente só consegue encarar com um misto de curiosidade e vergonha alheia. Afinal, era um tempo em que transformar heróis em carne e osso era mais um exercício de criatividade barata do que uma aposta milionária de estúdios.


As cenas de ação são mínimas e equivalentes ao baixíssimo orçamento disponibilizado pela CBS. Há um certo esforço nos figurinos e no design do Sanctum Santorum, mas não muito mais do que isso. Os efeitos especiais são marcadamente inferiores até mesmo para os padrões da época. E até mesmo as atuações são engessadas por um roteiro superficial, previsível e lamentavelmente cansativo.

Vale mencionar que esta versão live-action do Doutor Estranho veio justamente quando o personagem estava em seu auge de vendas na Marvel. E, a idéia era fazer deste filme um episódio piloto para uma nova série de TV, nos moldes do Incrível Hulk e do Homem-Aranha. Philip DeGuere, prolífico roteirista de televisão, escreveu e dirigiu o filme, alterando mediocremente as origens e características do Mago Supremo.


Até mesmo a sinopse deixa a desejar: "Um psiquiatra se torna o novo feiticeiro supremo da Terra, a fim de lutar contra uma feiticeira do mal do passado". Outra decepção foi saber que o filme até teve Stan Lee como consultor.

Caso queira saber mais sobre o Dr Estranho, clique AQUI: A trajetória do Doutor Estranho nos quadrinhos e no cinema


A trama mostra como o arrogante e sedutor médico psiquiátrica Stephen Strange se tornaria o próximo Mago Supremo. Isso com muita enrolação para explicar a magia, além de tentar convencer a audiência que aquele cara de cabelo esquisito e bigode ralo, que pega todo mundo, poderia salvar o universo de uma invasão demoníaca.

No filme, o personagem é interpretado por Peter Hooten, figurante profissional que aparece em vários filmes. Morgana Lefay (a vilã) é interpretada por Jessica Walter que da série Archer e que já fez Arrested Development. Clea Lake é interpretada por Anne-Marie Martin que era a parceira de Sledge Hammer, no seriado dos anos 80. 



Muito antes de aparecer em carne e osso na telinha ou nas telonas, o Doutor Estranho já fascinava leitores nos quadrinhos. Criado em 1963 por Stan Lee e Steve Ditko — a mesma dupla responsável pelo Homem-Aranha —, o personagem surgiu na revista Strange Tales nº 110.
Naquele momento, a Marvel experimentava com histórias cada vez mais ousadas, e Stephen Strange foi a porta de entrada para um universo de magia, misticismo e realidades paralelas. Diferente dos heróis tradicionais que resolviam tudo na base da força ou da tecnologia, ele trazia uma vibe completamente diferente: túnicas, feitiços, dimensões alternativas… uma mistura psicodélica que tinha tudo a ver com os anos 60.
Era o tipo de HQ que você abria e imediatamente sentia que estava viajando em outro plano — literalmente. Para muitos fãs daquela época, o Doutor Estranho não era só mais um herói, mas uma verdadeira experiência gráfica e narrativa, capaz de expandir os limites da imaginação.



Não vou nem tentar fazer este filme parecer interessante, apenas acho importante não esquecê-lo, afinal seja bom ou ruim, ainda assim é algo que teve seu momento e que não deixa de ser motivo de grande alegria saber que,  finalmente, após mais de 50 anos vimos este personagem dar a volta por cima e se tornar um dos principais do MCU.



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