NAFTA TRASH... "THE WRATH" (A Aparição)


Em 1986 chegava aos cinemas The Wraith (A Aparição), um daqueles "clássicos" que só os anos 80 poderiam nos entregar: ação, carros turbinados, romance adolescente e um toque sobrenatural embalado por uma trilha sonora cheia de sintetizadores. Não era uma superprodução — pelo contrário, trata-se de um legítimo exemplar “trash”, no melhor sentido da palavra: baixo orçamento, efeitos especiais simples, atuações canastronas e muito charme. Um filme que, mesmo com suas limitações técnicas, conquistou uma legião de fãs e ainda hoje é lembrado com carinho por quem cresceu nessa época.
Se você também adora revisitar essas pérolas que marcaram as tardes da TV, prepare-se para acelerar nessa viagem nostálgica!

SINOPSE: Em uma pequena cidade do Arizona, a tranquilidade é abalada pela violência de uma gangue comandada pelo impiedoso Packard (Nick Cassavetes). Após a morte brutal de Jamie, surge na região o enigmático Jake (Charlie Sheen), que rapidamente se aproxima de Keri (Sherilyn Fenn), a jovem controlada pelo líder criminoso. Junto a ele, aparece também um misterioso piloto ao volante de um carro negro e futurista — o temido Turbo Interceptor. Um a um, os membros da gangue passam a ser desafiados em perigosas corridas pelas estradas, iniciando uma série de confrontos que misturam vingança, velocidade e elementos sobrenaturais.


"The Wraith" é aquele tipo de filme que só os anos 80 poderiam parir com tanto orgulho: um enredo de vingança sobrenatural embalado por corridas ilegais, jaquetas de couro e efeitos especiais que hoje parecem saídos de um videoclipe da MTV. O resultado? Um “trash” delicioso — e isso é elogio! A canastrice das atuações só reforça o charme, enquanto o carro futurista, o lendário Turbo Interceptor, se tornou quase tão cult quanto o próprio longa. Não é uma obra-prima do cinema, mas é impossível não se divertir com essa mistura improvável de Mad Max com novela adolescente. NOTA: 7/10

Obs: Como de costume, a referência a TRASH tem somente o objetivo de chamar atenção para uma produção de baixo orçamento, com efeitos especiais modestos e interpretações meio canastronas. Ou seja, NÃO É um "filme lixo"!


Título: A APARIÇÃO
Título Original: The Wraith
Ano:1986
Duração: 93 min.
País: EUA / Canadá
Gênero: ação, ficção científica, thriller
Direção / Roteiro: Mike Marvin
Produção: João Kemeny
Elenco Principal:
- Charlie Sheen ... ... Jacob "Jake" Kesey / O Wraith / James "Jamie" Hankins
- Nick Cassavetes ... ... Packard Walsh
- Sherilyn Fenn ... ... Keri Johnson
- Randy Quaid ... ... Xerife Loomis
- Mateus Barry ... ... Guilherme "Billy" Hankins
- David Sherrill ... ... Skank
- Jamie Bozian ... ... Calha
- Clint Howard... ... Cabeça de tapete
- Griffin O'Neal ... ... Oggie
- Chris Nash ... ... Minty
- Christopher Bradley ... ... James "Jamie" Hankins
- Vickie Benson ... ... Garçonete
- Peder Melhuse ... ... Murphy
- Jeffrey Sudzin ... ... Redd
- Michael Hungerford ... ... Stokes
- Steven Eckholdt ... ... menino em Daytona
- Elizabeth Cox ... ... menina em Daytona
- Dick Alexandre... ... Sandeval
- Joana H. Reynolds ... ... Policial
Trilha Sonora: Michael Hoenig / J. Peter Robinson
Cinematografia: Palheta Smoot
Edição: Scott Conrado / Gary Rocklen
Companhias produtoras: New Century Entertainment Corporation / Alliance Entertainment / Turbo Produções


CURIOSIDADES:
  • O filme foi concebido como uma espécie de releitura de Um Estranho Sem Nome (1973), faroeste sobrenatural de Clint Eastwood.
  • Charlie Sheen, meio que atuava no piloto automático, pois naquele período ele estava filmando Platoon nos intervalos.
  • Abaixo, confira a vinheta da saudosa "Look Video" com comentários de Rubens Ewald Filho promovendo o lançamento do longa:
  • A verdadeira "Estrela do Filme" era o Dodge M4S Turbo Interceptor, um carro conceitual construído pela Chrysler Corporation e PPG Industries, com seu impressionante motor 4Cil 2.2 16V BiTurbo que rendia impressionantes 441 Cavalos, ia de 0 a 100 em 4.1 Segundos e tinha uma velocidade máxima de 314 Km/H (isso em 1981!!! 😮). Existia apenas uma unidade do veículo, ao custo aproximado de US$ 6 milhões. Para o filme, a Dodge fabricou seis "clones" do carro, ao custo de US$ 1 milhão cada (a maior despesa da produção do longa-metragem). Todos os "clones" foram destruídos durante as filmagens. 
  • Durante a produção, o verdadeiro Dodge Turbo Interceptor foi usado em close-ups. Esse original depois ficou exposto no Museu Walter P. Chrysler em Auburn Hills, até 2016, quando o museu fechou permanentemente.
  • Uma das exigências feitas pela Dodge era que o logo da empresa aparecesse, claramente, nas cenas com o Turbo Interceptor e os Daytonas (e também com os Diplomat).
  • O carro dirigido por Jake é, na história, uma espécie de automóvel sobrenatural, porém pode-se ver claramente o logo da empresa Dodge na lateral do carro.
  • Por se tratar de um filme onde a trama é centralizada em rachas entre membros de uma gangue e uma figura misteriosa, os carros roubam a cena em muitas partes do filme. Cada personagem tem seu próprio modelo, como a seguir: - Packard: Chevrolet Corvette customizado, modelo do fim dos anos 1970. - Oggie: Dodge Daytona Turbo Z, modelo de 1986. - Minty: Pontiac Firebird, modelo de 1977. - Skank/Gutterboy: Plymouth Barracuda, modelo de 1966. - Rughead: Late-70's Chevrolet pickup, modelo do fim dos anos 1970.
  • O longa foi filmado inteiramente em Tucson, Arizona; Imagens da estrada montanhosa que leva ao fictício "Brooks, AZ" foram filmadas na Freeman Road, no lado sudeste da cidade. A casa de Keri (Sherilyn Fenn) está localizada na 2128 East 5th Street.

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