Publicado originalmente no blog Ozymandias_Realista
Pois bem, como já é Natal, achei propício resgatar uma velha história de Natal do Homem-Aranha, publicada em Marvel Team-Up no 1, de 1972, com roteiro de Roy Thomas e arte por Ross Andru. Nessa história, Peter Parker estava fazendo mais um trabalho de “oreia” para J.J. Jameson, tirando fotos de uma competição de mergulho na praia em pleno inverno, mas ele precisava do dinheiro para poder sair com sua então namorada, Gwen Stacy, que ainda estava viva na época. No entanto, repentinamente, a areia começa a ganhar vida, o que revela logo em seguida o vilão Homem-Areia.
A polícia aparece e tenta prender o meliante, porém não fazem frente ao poder do Homem-Areia e entram em apuros. Sobra mais uma vez para o Amigão da Vizinhança intervir. Entretanto, o vilão escapa fácil da teia do herói e desaparece na praia. O Aranha então resolve procurar o Quarteto Fantástico para pedir uma ajuda, pois naquela época o Homem-Areia era um vilão mais recorrente da equipe do que do Aranha, uma vez que ele era membro do Quarteto Terrível.
No entanto, o único que está no Edifício Baxter é Johnny Storm, o Tocha Humana, que estava de bode por causa do fim de seu namoro com Crystalis, membro dos Inumanos. Ao saber que o Homem-Areia estava à solta, resolve ajudar o Aranha para se distrair. Johnny se recorda que encontrou o vilão pela primeira vez na ponte George Washington, e ele o Aranha resolvem começar a procurar por ali.
No caminho, pilotando uma versão antiga do Fantasticarro, topam com uns ladrões prestes a assaltar uma jovem negra carregando presentes. O Aranha detém os bandidos e deixa que a moça decida o destino deles; ela pede para que só os deixe imobilizados, pois é véspera de Natal e tal. A curiosidade é que a mulher que o Aranha salvou nessa história não é nada mais nada menos que Misty Knight. Em Marvel Team-Up, no 64, ela conta ao Aranha como se conheceram.
Nossos heróis não têm folga, pois logo se deparam com um caminhão-tanque derrapando no gelo. Imediatamente, o Tocha começa a derreter o gelo da pista, para que o caminhão possa frear, o que felizmente acontece, mas por muito pouco.
Apesar de todas as boas ações, nossos heróis ainda precisam capturar o Homem-Areia, e eles logo localizam o vilão, porém a luta não é tão fácil, e o Homem-Areia se prova um oponente osso duro de roer, derrotando ambos. O facínora então resolve executar a dupla em uma caixa d’água. No entanto, o Aranha consegue fazer com que o Tocha alcance a superfície. Dessa forma, ele entra em chamas e evapora a água.
Após isso, o Aranha até acha que o Homem-Areia no fundo quis que eles se salvassem, pois deu a dica de como sair da armadilha. Rastreando o vilão, os heróis o encontram entrando pela janela de uma casa muito humilde, o que logo causa estranhamento à dupla. Ao ser enquadrado, o Homem-Areia confessa que aquela é a casa de sua mãe, e que ela não sabe de sua vida criminosa. Aranha e Tocha concordam em deixa-lo passar um momento com a velha senhora; como o Aranha é bonzinho, ainda dá para o vilão o presente que tinha comprado para Gwen. O Aranha fica lembrando que a mãe do Homem-Areia lembrava a Tia May.
Evidente que o Homem-Areia depois aproveita a oportunidade para fugir pela pia, mas, como era véspera de Natal, os heróis resolvem deixar barato e agradecer pelo que têm. Essa é outra história natalina perdida da Marvel, mas que vale a conferida. E feliz Natal!
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