NAFTA TRASH... QUARTETO FANTÁSTICO


Pois é, poucos lembram (ou sequer sabem) que o lendário produtor Roger Corman levou a equipe de super-heróis da Marvel para os cinemas… ou quase isso. Dirigido por Oley Sassone, o longa foi tão mal avaliado internamente que sua estreia foi cancelada poucos dias antes de chegar às telonas.
O curioso é que, mesmo com efeitos especiais precários e orçamento baixíssimo, muitos fãs ainda consideram essa versão a mais fiel aos quadrinhos originais do Quarteto Fantástico já feita até hoje.
Ficou curioso? Então continue com a gente e descubra essa pérola TRASH do cinema nerd!


SINOPSE:
 
Na trama do filme, um cometa radioativo cruza a órbita da Terra a cada década. Os jovens cientistas Reed Richards e Victor Von Doom veem nele uma oportunidade única: transformar essa energia cósmica em uma poderosa fonte de energia por meio de uma invenção revolucionária. Porém, um erro de cálculo cometido pelo orgulhoso Victor provoca a explosão do experimento, resultando em sua aparente morte.
Dez anos depois, Reed Richards constrói uma nave para alcançar novamente o cometa e repetir o experimento, agora no espaço. Como nos quadrinhos, ele é acompanhado por Ben Grimm e pelos irmãos Johnny e Sue Storm. Entretanto, a missão é sabotada pelo vilão conhecido como Joalheiro, e a nave acaba sendo destruída. De maneira inexplicável, os quatro sobrevivem e retornam à Terra — mas agora com habilidades sobre-humanas adquiridas pela exposição cósmica: elasticidade, superforça, invisibilidade e controle do fogo.
A partir daí, o grupo precisa aprender a lidar com seus novos poderes enquanto enfrenta não apenas o Joalheiro, mas também o temível Dr. Destino, que ressurgiu com planos sombrios de dominação mundial.


Título: O Quarteto Fantástico 
Título Original: The Fantastic Four
País: EUA/Alemanha 
Ano: 1994
Duração: 90 min.
Direção: Oley Sassone
Roteiro: Craig J. Nevius, Kevin Rock
Elenco Principal: 
- Alex Hyde-White como Reed Richards / Sr. Fantástico
- Rebecca Staab como Susan Storm / Mulher Invisível
- Mercedes McNab como Susan Storm jovem
- Jay Underwood como Johnny Storm / Tocha Humana
- Phillip Van Dyke como Johnny Storm jovem
- Michael Bailey Smith como Ben Grimm
- Carl Ciarfalio como O Coisa
- Joseph Culp como Victor Von Doom / Dr. Destino
- Kat Green como Alicia Masters
- Ian Trigger como O Joalheiro
- Annie Gagen como May Storm


Tentando pegar carona no mega-sucesso de Batman (1989), a Marvel licenciou os direitos do Quarteto Fantástico para uma produtora alemã chamada Neue Constantine Film (hoje mais conhecida simplesmente como Constantine Film). A ideia era simples: fazer um filme do supergrupo antes que os direitos expirassem. O problema? O prazo estava acabando, e se o estúdio não iniciasse a produção imediatamente, teria que pagar uma multa de cerca de US$ 5 milhões à Marvel.

Em um ato desesperado, a solução encontrada foi recorrer ao lendário produtor de filmes B, Roger Corman — um homem com mais de 360 filmes no currículo, incluindo cultuados clássicos como Piranha (1978), Galáxia do Terror (1981) e A Pequena Loja dos Horrores (1960). Corman topou o desafio: produzir um longa-metragem completo em tempo recorde e com orçamento baixíssimo, cerca de US$ 1,5 milhão, e filmado em apenas três a quatro semanas. Para a direção, foi escalado Oley Sassone, conhecido por clipes musicais e algumas produções de baixo custo.

Enquanto isso, a Constantine investia em pôsteres, revistas especiais e trailers, divulgando o lançamento como se fosse um grande evento. Para os fãs da época, a estreia do filme parecia garantida. Mas então veio o golpe final: a Marvel barrou o lançamento e ordenou que todas as cópias fossem destruídas. O motivo exato é alvo de debate até hoje.

A versão mais aceita é que, assim que os direitos retornassem, a Marvel planejava um filme de grande orçamento, em parceria com Chris Columbus (sim, o mesmo diretor que mais tarde comandaria Harry Potter e a Pedra Filosofal). O estúdio não queria uma produção barata manchando a imagem da equipe. Então, a Marvel simplesmente comprou os direitos de volta e pagou para enterrar o filme. A jogada, ironicamente, fez a pequena produtora sair no lucro.

Mas como todo bom mistério de Hollywood, uma cópia sobreviveu. O longa começou a circular discretamente em convenções de quadrinhos e feiras de colecionadores, tornando-se um item cult do chamado “mercado negro nerd”. Com a chegada da internet, o filme se espalhou de vez, ganhando status de lenda urbana viva: um projeto barato, de visual datado e efeitos especiais rudimentares, mas que, curiosamente, é considerado por muitos fãs como a adaptação mais fiel aos quadrinhos clássicos do Quarteto Fantástico.

Mais de 30 anos depois, essa produção segue como uma relíquia nostálgica da época em que os super-heróis ainda não dominavam Hollywood, mas já movimentavam paixões e histórias bizarras nos bastidores.




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