NAFTASERIE | JAMES WEST (The Wild Wild West)

Se tem um tipo de seriado que tem cheirinho de saudade, sem dúvidas são as séries western. Sim, aquelas que aconteciam no velho oeste americano. E, JAMES WEST, revolucionou o gênero. Ou seja, apesar de ser um faroeste, o seriado mostrava uma vasta e criativa variedade de coisas como: máquinas de terremoto, poções de encolhimento e outras maluquices, muito "avançadas" para a época, mas que compunham a parte humorística da série. Pois bem, chega de conversa. Junte-se ao NAFTALINA NERD e viaje em mais uma deliciosa aventura nostálgica. Boa leitura!



SINOPSE: A série JAMES WEST contava a história de dois agentes secretos no velho oeste americano: o galante pistoleiro James West (Robert Conrad) e Artemus Gordon (Ross Martin), um brilhante "cientista maluco" inventor de toda sorte de engenhocas insanas, além de ser um mestre dos disfarces. Os agentes viajavam a bordo de um luxuoso trem apelidado de "Wanderer", super-equipado, desde um vagão de estábulo até um laboratório. Juntos, eles tinham a missão de manter seguro o presidente Ulysses S. Grant (1869-1877) e todos os Estados Unidos de quaisquer ameaças perigosas.

Título: JAMES WEST
Título Original: The Wild Wild West
Ano: 1965 à 1969
Emissora: CBS
Criador: Michael Garrison
Música: escrita por Richard Markowitz
Gênero: Western, aventura, comédia
Transmissão original: 17 de setembro de 1965 – 4 de abril de 1969
Episódios: 104, com duração média de 50 minutos, distribuídos em 4 temporadas.

O seriado incorporou elementos clássicos do faroeste com um thriller de espionagem, idéias de ficção científica (algo semelhante ao que mais tarde seria chamado de steampunk) e humor. Supostamente, alguns episódios foram inspirados por grandes autores como: Edgar Allan Poe, HG Wells e Júlio Verne. E, assim como na tradição das aventuras de 007, sempre houve mulheres bonitas, dispositivos engenhosos e arqui-inimigos delirantes com tramas insanas para dominar o país ou o mundo.
Vale lembrar que JAMES WEST foi lançado numa época que as séries de faroeste começavam a sofrer a concorrência das do gênero “Espionagem”, a proposta do criador da série, Michael Garrison, era fazer uma mescla dos dois e contar as aventuras de um "James Bond a cavalo".


Quase uma década mais tarde, após o término da quarta e última temporada, foram produzidos mais dois telefilmes, "The Wild Wild West Revisited", de 09 de maio de 1979 e "More Wild Wild West", de 07 de outubro de 1980. E, não podemos esquecer, "As Loucas Aventuras de James West" (Wild Wild west), em 1999, quando tivemos um filme estrelado por Will Smith como James West. Porém, para muitos fãs a ideia de "homenagear" a antiga série não funcionou. O filme é considerado por muitos como ruim e muito diferente da série, apresentando um vilão excessivamente caricato 

No Brasil, a série de TV foi inicialmente exibida pela extinta TV EXCELSIOR de São Paulo, em 1967, em 1968. Na mesma época, estava na também extinta Tupi e em seguida na TV Bandeirantes em 1971, onde permaneceu até meados de 1984, seguindo depois para a TV Record e pelo canal por assinatura: Retro. Recentemente (2018), estava sendo exibido pela Rede Brasil de Televisão.


A Série mostrava as aventuras de dois agentes do Serviço Secreto norte-americano, no Velho Oeste, sob as ordens do então presidente Ulisses S. Grant, contra toda e qualquer ameaça contra os Estados Unidos e ao seu presidente, além de também investigarem outros crimes federais. Essa dupla de agentes eram formados por um ex-soldado da União chamado James e também um ex-vigarista, mestre dos disfarces conhecido como Artemus. Durante as primeiras três temporadas da série a dupla era constantemente perseguido por um estranho vilão chamado Dr. Miguelito Loveless, que vivia inventando todo tipo de "engenhocas tecnológicas" para dar cabo aos dois agentes. Ainda com referência a James Bond, vale lembrar que em todos os episódios sempre apareciam belas mulheres.


OUTRAS CURIOSIDADES:
  • Bem antes da série ser criada, Michael Garrison que idealizou o faroeste, havia juntamente com seu sócio Gregory Ratoff comprado os direitos para o cinema de uma das obras de Ian Fleming, criador de James Bond. Depois da morte de Ratoff, a viúva e Garrison acabaram vendendo esses direitos para o cinema, que acabou se transformando no filme Cassino Royale, sucesso de 1967. Mais tarde com base nesta aventura de James Bond, Michael Garrison criou uma história similar, mas toda ela ambientada na época do Velho Oeste.
  • O episódio piloto, "The Night of the Inferno", foi produzido por Garrison a partir do roteiro de Gilbert Ralston, autor de vários episódios de séries televisivas da década de 1950 e 1960. Ralston contou que fora procurado por Garrison que lhe contara sobre a ideia do faroeste com James Bond. Ralston então desenvolveu os personagens ambientados na Guerra Civil, além do formato geral e o esboço para nove episódios. A ideia de um agente secreto do presidente Ulysses S. Grant foi de Ralston. Ele, porém, não ficou com os créditos, como era comum em Hollywood nos anos de 1950 e 1960, quando apenas os produtores tinham a permissão de colocar seus nomes nos programas. Ralston morreu em 1999 sem saber do desfecho de sua ação contra a Warner Brothers, que acabou pagando a sua família entre US$ 600.000 e US$ 1,5 milhões.
  • Em agosto de 1966, durante a produção da segunda temporada, Michael Garrison faleceu, vítima de um acidente doméstico. A CBS trouxe Bruce Lansbury, chefe de programação de Nova Iorque (e irmão da atriz Angela Lansbury), para o substituir durante o restante do programa.
  • Na primeira temporada os episódios foram filmados em preto e branco, com uma tonalidade mais escura. (O fotógrafo Ted Voightlander foi indicado ao Emmy por esse trabalho.) As demais temporadas foram filmadas em cores.
  • Apesar de ser considerada uma série quase cômica atualmente, na época os críticos consideraram algumas passagens muito violentas o que, possivelmente foi o motivo que forçou a CBS a cancelar o programa. 
  • "Get Smart" (O Agente 86) foi transferida da rede de TV NBC para a CBS e ocupou o horário deixado vago por James West.
  • A música principal foi escrita por Richard Markowitz, contatado pelos produtores depois de duas composições do compositor Dimitri Tiomkin terem sido rejeitadas. Richard nunca foi creditado por esse trabalho em qualquer episódio da série (talvez por problemas legais com Tiomkin).
  • Robert Conrad e uma empresa de dublês coreografavam pelo menos duas sequências de lutas por episódio. Conrad insistia em realizar suas próprias acrobacias, saltando de uma sacada ou correndo na frente de uma parelha de cavalos, por exemplo. 
  • Ross Martin contou que retratou mais de 100 diferentes personagens durante a série, utilizando-se de dezenas de diferentes sotaques. Martin dava as ideias para a composição do papel à sua equipe de maquiadores e era quem dava a palavra final. O ator foi indicado ao Emmy em 1969.
  • Ainda na década de 60, as aventuras da dupla chegaram a ser adaptadas para quadrinhos pela Gold Key Comics;

  • Em 1998, a Berkeley Livros lançou três romances do autor Robert Vaughan: The Wild Wild West, The Night of the Death Train e The Night of the Assassin.
  • No volume 75 da série de quadrinhos francesa Lucky Luke (L'Homme de Washington), publicado em 2008, tanto James West como Artemus Gordon aparecem como convidados em uma pequena participação, embora os nomes tenham sido mudados para "James Oriente" e "Artémius Gin".

Espero que tenhamos conseguido, ainda que de forma modesta, trazer a memória dos mais antigos um pouco da emoção dos velhos tempos e aos mais novos uma boa amostra do que tínhamos no passado.

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