Christopher Reeve tornou-se conhecido mundialmente ao protagonizar o SUPERMAN no cinema, mas ele já era ator desde os 14 anos, tendo estudado em prestigiadas escolas de artes cênicas. Iniciou sua carreira com pequenas participações no teatro e na televisão. Em 1977, o ator fez sua estréia nos cinemas, com uma pequena participação no longa: "S.O.S Submarino Nuclear (Grey Lady Down)", dirigido por David Greene e estrelado por Charlton Heston. (O papel de Reeve era muito pequeno, e não creditado). O ano pode ser considerado a época da grande virada em sua vida, pois foi justamente quando conseguiu o papel principal em "Superman: The Movie".Mesmo tendo participado de outros bons filmes, como Em Algum Lugar no Passado e Vestígios do Dia, Superman foi, inegavelmente, seu principal trabalho.
Reeve nasceu em Nova York, em 25 de setembro de 1952. Filho de uma família tradicional, descendia das primeiras famílias que imigraram para os EUA, vindos da aristocracia francesa. Sua mãe Barbara Pitney Lamb era jornalista e seu pai, Franklin D'Olier Reeve era um renomado professor, jornalista e escritor. Quando tinha 4 anos, seus pais se divorciaram e sua mãe se casou novamente com um trabalhador da bolsa de valores. Na sua infância e adolescência, residindo em Princeton, Nova Jersey, jogou beisebol, futebol americano, hóquei e tênis, chegando a participar e vencer várias competições esportivas. O teatro passou a ser sua paixão, quando ele se apresentou aos 9 anos como participante de um festival de teatro, atuando na peça "Vista da Ponte", após a qual foi aceito numa trupe teatral. Logo, o ainda menino, já sonhava em se tornar ator, mas depois de prometer aos pais que primeiro faria um ensino superior, ele entrou na universidade, mas nunca a terminou. Durante seus estudos, Christopher continuou a atuar nos palcos estudantis, saindo em turnês e até mesmo participando de inúmeros castings. Reeve presentou-se pelo país como o ator principal da companhia de teatro Celeste Holm com a peça The Irregular Verb to Love. Continuou trabalhando simultaneamente como um ator profissional enquanto seguia seus estudos em teoria da música na Cornell University. Em dado momento, foi para a Europa onde também estudou teatro na Inglaterra e França, período em foi dogsbody no famoso Old Vic theater, Londres, e trabalhou na Comedie Francaise, Paris. De volta aos Estados Unidos, em Nova York, matriculou-se na famosa escola de interpretação Juillard, onde virou colega de classe do então jovem ator: Robin Williams. Eles se tonaram grandes amigos e chegaram a dividir um quarto. Reeve tornou-se um prestigiado ator de teatro, atuando em várias partes do país e chegando a trabalhar em uma novela da rede CBS, Love of Life (1974-1976). Enquanto gravava para a televisão, ele fez teste para a peça A Matter of Gravity, na Broadway. A estrela da peça era a atriz Katharine Hepburn, que após ver a audição do jovem ator o escalou para viver o seu neto no espetáculo.
Cristopher Reeve passou por longas terapias para conseguir respirar com menos ajuda de aparelhos e se tornou um ativista pelos direitos dos deficientes, criando inclusive a Fundação Christopher Reeve para a Paralisia, em 1999.
O acidente fez de Reeve um ator limitado, mas este limite físico o fez servir involuntariamente e de modo perfeito para o papel de Jason Kemp, no remake moderno para a TV (1998) de "Janela Indiscreta", de Hitchcock, considerado um dos principais filmes da história do cinema. No filme de Hitchcock, Kemp é o sujeito paralisado que, impossibilitado de andar, fica bisbilhotando a vida alheia da janela de seu apartamento. Por este papel o ator foi indicado ao Globo de Ouro e ganhou o Screen Actors Guild Award.
Reeves teve uma memorável aparição na cerimônia do Oscar em 1996, quando surgiu de surpresa em uma cadeira de rodas, suportado por um respirador artificial, menos de um ano após seu acidente. Depois de uma interminável sessão de aplausos, Reeve levou o público às lágrimas em um discurso pedindo a Hollywood menos blockbusters vazios e mais filmes com causas sociais, do tipo "Platoon" (contra a guerra) e "Filadélfia" (Aids). Depois do acidente Reeve fez campanha pela pesquisa com células-tronco e a possibilidade de uso destas para recuperar as células danificadas em casos como o seu. O ator também era ativista da Unicef, da Anistia Internacional e da ecologia. Junto com os também atores Susan Sarandon e Alec Baldwin, fundou ainda a Coalizão Criativa, um grupo de ajuda a pessoas sem casa.
No dia 11 de outubro de 2004, devido a uma parada cardíaca, Reeve morreu aos 52 anos no hospital Northern Westchester, de Nova York (EUA). Ele havia entrado três dias antes, quando sofreu um ataque cardíaco durante o tratamento de uma ferida infectada, e morreu sem recobrar a consciência.
Sua esposa, Dana Reeve, dez meses após a morte de seu marido, com apenas 44 anos de idade foi vítima de um agressivo câncer de pulmão. A atriz tinha uma vida saudável, e nunca havia sido fumante.
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