VOCÊ CONHECE... CHARLIE CHAN???

 

Desta vez nós vamos brincar um pouco com sua memória. Neste post vamos resgatar o super detetive oriental: Charlie Chan, criado por Earl Derr Biggers em 1923 para um romance publicado em 1925. Já fez sucesso em livros, programas de rádio, televisão, quadrinhos e até mesmo nos cinemas. Mas, o personagem foi eternizado de forma muito sutil, na memória de todos que assistiram o desenho animado, da Hanna Barbera: AS AVENTURAS DE CHARLIE CHAN (The Amazing Chan and the Chan Clan). Pois é, a maioria nem imagina, mas por trás daquela divertida animação infantil tem muita história e muitas curiosidades. Então, nós do NAFTALINA NERD te convidamos a nos seguir em mais esta gostosa viagem nostálgica. Boa Leitura!

O personagem CHARLIE CHAN é um detetive havaiano, de origem chinesa que imigrou para o Havaí ainda muito jovem. Famoso por seus provérbios chineses e por sua grande família com 14 filhos. Criado por Earl Derr Biggers em 1923 e apresentado ao público no livro "The house without a key", de 1925. O autor o concebeu como uma versão alternativa e criativa a alguns estereótipos de outros detetives. E ao contrário da expectativa criada por ser oriental, Chan é avesso a combates fisicos, sendo o próprio retrato da não-violência. 

CHANG APANA - O HOMEM POR TRÁS DO PERSONAGEM

Em 1924, o escritor americano Earl Derr Biggers lia jornais de Honolulu na biblioteca de Nova York. Gostou dos feitos de Chang Apana e decidiu usá-lo como inspiração para um dos personagens de seu livro The house without a key (“A casa sem chave”), lançado no ano seguinte.

Chang Apana nasceu no Havaí em 1871. Passou parte da infância na China e retornou ao arquipélago aos dez anos. Em 1898, tornou-se o único chinês do departamento de polícia da capital Honolulu. O detetive nunca aprendeu a ler, mas era fluente em havaiano, crioulo havaiano e chinês. Investigou casos de jogatina ilegal e tráfico de ópio.



Chan logo veio a ser adaptado para várias mídias. No ano de 1938 o distribuidor McNaught Syndicate escolheu Alfred Andriola para desenhar uma versão do personagem para as tiras diárias do jornal, iniciada em 24 de outubro daquele ano.

Para se ter uma idéia da importância dessa versão de Andriola, foi ela que ajudou o "Gibi" de Roberto Marinho a se tornar um dos grandes sucessos da época (as outras historias que acompanhavam "Charlie Chan" no "Gibi" eram "Bronco Piller" de Fred Harman, "César e Tubinho" de Roy Crane, "Histórias da Bíblia" de Dan Smith, "Jack do Espaço" de Zack Mosley, "Ferdinando" de Al Capp, "Barney Baxter" de Frank Miller, "Brucutu" e outras).

Apesar de Andriola terminar a série em maio de 1942, Charlie Chan continuou a ser publicado, inclusive em gibi próprio por várias editoras até os anos 70.

GIBI foi o título de uma revista brasileira de história em quadrinhos, cujo lançamento ocorreu em 1939. Graças a ela, no Brasil o termo gibi tornou-se sinônimo de "revista em quadrinhos". 

Era publicada pelo Grupo Globo, como concorrente da revista Mirim de Adolfo Aizen. Este editor, futuro fundador da EBAL, foi o pioneiro dos quadrinhos publicados como suplemento de jornal no Brasil.

O Gibi teve originalmente em suas páginas tiras diárias e tiras dominicais coloridas do Charlie Chan (personagem que, anos depois, ganharia um desenho animado pela Hanna-Barbera), Brucutu, Ferdinando (ou Família Buscapé ) e vários outros personagens das histórias em quadrinhos.

No ano de 1974 a antiga Rio Gráfica Editora - RGE (posteriormente conhecida como Editora Globo) teve a iniciativa de relançar nas bancas brasileiras a revista Gibi Semanal que durou 40 edições.

A primeira aparição live action de Charlie Chan foi "A casa sem chave" (1926), baseada no livro homônimo de Earl Derr Biggers, que retratava uma aventura do fictício detetive havaiano. A produção era uma série de cinema de 10 capítulos produzida pelos estúdios Pathé, estrelada por George Kuwa, um ator japonês, no papel de Chan. Um ano depois a Universal Pictures filmou "O Papagaio chinês" (1927), estrelado por outro ator japonês, Kamiyama Sojin, como Charlie Chan. Porém, os filmes não fizeram muito sucesso. Em 1929, a FOX resolveu adaptar o livro "Atrás aquela cortina" com Charlie Chan sendo interpretado pelo ator coreano-americano: EL Park. Esta sequência não emplacou, mas em 1931, a Fox Filmes escalou o ator sueco Warner Oland como Charlie Chan e enfim, o filme alcançou êxito entre o público, rendendo mais 15 filmes com Oland como personagem principal. 


Após a morte de Oland, o ator escocês-americano Sidney Toler começou a interpretar Chan. Toler fez 22 filmes. Após a morte de Toler, mais seis filmes foram feitos, estrelando Roland Winters. Além destes vários outros filmes falados em espanhol e chinês foram realizados durante as décadas de 1930, 1940 e 1950 e todos levados à China onde o personagem era muito popular. Adaptações mais recentes, nas décadas de 1980 e 1990 não tiveram sucesso.

Mas, ainda no ano de 1974, o estúdio de animação Hanna-Barbera, produziu para a Columbia Broadcasting System (em português: Sistema Columbia de Radiodifusão); popularmente conhecida como CBS, o desenho animado AS AVENTURAS DE CHARLIE CHAN (The Amazing Chan and the Chan Clan) que teve duas temporadas com um total de 16 episódios.


No desenho, o Sr. Chan, um experiente detetive asiático, na companhia de seus dez filhos (Alan, Anne, Flip, Henry, Mimi, Nancy, Scooter, Stanley, Suzie e Tom) e o seu cão "Chu Chu" resolvem os mais variados mistérios pelo mundo. As doses de humos e ação ficavam a cargo dos filhos do detetive em suas tentativas de "ajudar" seu pai em cada episódio. Também não podemos esquecer que eles viajam em uma van "mágica" que se transforma em diversos outros veículos com o apertar de um botão, num painel que continha 20 botões. Assim os irmãos podiam andar num trator, carro de bombeiros, caminhão ou carros de empresas, o que ajudava não apenas a cumprir as missões, mas também como disfarce.
Os filhos mais velhos também tinham seu próprio grupo musical, "The Clan Chan"; em cada episódio, era apresentada uma canção durante o desenrolar da ação ou com os personagens tocando na banda. Os vocais do grupo eram de Ron Dante, do grupo The Archies, com supervisão de Don Kirshner.
Primando pelo humor, Charlie Chan continha as conhecidas risadas de fundo, para realçar as piadinhas dos personagens.
A solução do mistério sempre era dada no final do episódio pelo velho e experiente Charlie Chan que aparecia para entregar o criminoso as autoridades.


No Brasil fez parte da programação da Rede Globo, TV Bandeirantes, Rede Manchete, Rede Record e do canal por assinatura: Boomerang.

A serie foi dublada nos anos 70 pela Herbert Richers e contou com um elenco fenomenal, sendo que muitos já são falecidos. Foi uma dublagem marcante que reproduziu para o português, o clima descontraído do original. 

Apresentação: Ricardo Mariano
Charlie Chan: Telmo de Avelar
Henry: Andre Filho
Stanley: Cleonir dos Santos
Anne: Sonia Ferreira
Mimi: Nair Amorim
Nancy: Ruth Schelky
Scooter: Carmen Sheila
Flip: Selma Lopes
Alan: Nair Amorim
Tom: Orlando Prado
Suzie: Juraciara Diacovo

Destaques: Nair Amorim que interpretava dois personagens e juntamente com Selma Lopes e Carmen Sheila, dublavam meninos. O que era muito comum na época.


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